Gregg Newton/Reuters

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SustentabilidadeEstadão no rastro do óleo

Durante quatro dias, a repórter Priscila Mengue e o fotógrafo Tiago Queiroz passaram por praias afetadas pelas manchas de óleo que já caracterizam um dos maiores desastres ambientais do País. Neste especial, você vê como foi o trabalho em campo

Chegamos ao Recife e fomos direto para a praia. Nem passamos no hotel
Já no primeiro dia da cobertura, nos deparamos com o trabalho de voluntários que usavam o que dava para limpar o óleo. Peneira de cozinha, espátula de obra, itens de jardinagem viraram ferramentas
O trabalho exigia esforço, porque o óleo tem uma consistência de chiclete ou bala derretida. Muitos voluntários viajam entre as praias e percorrem longas distâncias para participar dos mutirões de limpeza
Muitos voluntários ficam na praia no final da tarde e mesmo depois do anoitecer. “Nasci e me criei no litoral pernambucano. Essa área é uma parte de mim”, contou a dentista Morgana Manoela, de 31 anos, que ajudava na limpeza da Praia de Itapuama
Ao entardecer, a maré começa a subir, o que dificulta os trabalhos de remoção das manchas
Após o primeiro dia de trabalho, o óleo deixou sua 'marca' nos nossos pés
Em Cabo de Santo Agostinho, grande parte do óleo foi retirada. Mas ficaram pequenos restos, que são retirados pelos voluntários com todo tipo de equipamento
Chegamos à Jaboatão dos Guararapes na quarta-feira, 23. Neste dia, o óleo já era visto na Praia Barra da Jangada, onde está a foz do Rio Jaboatão
Em Jaboatão dos Guararapes, ficamos sabendo da chegada de uma nova mancha de óleo. O Tiago foi na frente, para fazer a foto
Presenciamos o trabalho dos presos do regime semi-aberto da Penitenciária Agroindustrial São João que ajudaram a recolher o óleo na praia
Pescadores relatam que, nessa época do ano, “se trabalha para conseguir comer no inverno”. Mas a quantidade de peixes está diminuindo e há recomendação para não consumir pescados das localidades afetadas
Fomos de Jaboatão dos Guararapes para uma cidade chamada Paulista, porque lá apareceu uma mancha de óleo
Voluntários relatam náusea e alergias após ter contato com o óleo; nós mesmos chegamos a sentir ardência nos olhos em alguns momentos da cobertura
Voluntários usam óleo de cozinha para tirar o petróleo do corpo. O Anderson Júnior, de 17 anos, estava nas águas ajudando a puxar a mancha
No terceiro dia, encontramos moradores e pescadores desenterrando óleo escondido debaixo da areia na Ilha de Itamaracá
O óleo retirado das praias é levado para um aterro e é vendido para empresas de produção de cimento
No último dia, encontramos turistas que aproveitam o dia na Praia de Pontal do Cupe enquanto mergulhadores profissionais e amadores recolhem o óleo que estava em meio aos corais e pedras
Um grupo que trabalha num restaurante à beira-mar também ajuda na coleta do óleo
Hora de voltar para São Paulo. Mas a cobertura sobre a mancha de óleo nas praias continua

Editor Executivo Multimídia
Fabio Sales

Reportagem e vídeos
Priscila Mengue

Edição de Texto
Paloma Cotes

Edição de Fotografia
Serjão Carvalho

Fotos
Tiago Queiroz

Editor Assistente Multimídia
Adriano Araujo

Designer Multimídia
Gisele Oliveira