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CinemaFederico Fellini

O centenário de um dos maiores e mais influentes cineastas de todos os tempos

Federico Fellini nasceu em 20 de janeiro de 1920, em Rimini, cidade italiana que serviu de inspiração para vários de seus filmes. Começou no cinema ligado ao neorrealismo de Roberto Rossellini, mas logo tomou caminho próprio. Seu estilo exuberante deu origem ao adjetivo “felliniano”.
Casou-se com a atriz Giulietta Masina em 1943, iniciando uma grande parceria também cinematográfica - ela foi a protagonista de vários de seus filmes, revelando as características que tornaram famosos os longas do cineasta, como a falsa fragilidade.
Fellini foi também um cartunista talentoso, produzindo desenhos satíricos a lápis, aquarelas e até canetas hidrocor. Vários esboços foram feitos durante a criação de seus filmes, o que ajudou no trabalho de cenógrafos e figurinistas.
Fellini foi 12 vezes indicado ao Oscar e ganhou apenas um prêmio honorário, em 1993, ano de sua morte, em 31 de outubro, um dia depois de completar 50 anos de casado. Mas quatro de seus filmes ('A Estrada da Vida', 'Noites de Cabíria', 'Oito e Meio' e 'Amarcord') receberam o Oscar de melhor longa estrangeiro.
Os Boas-Vidas (1953)
Primeiro trabalho em que Fellini se inspira na própria trajetória ao contar a história de um personagem que toma coragem, abandona tudo e tenta a vida em outra parte - Fellini fez isso ao deixar Rimini e seguir para Roma.
A Estrada da Vida (1954)
Uma das primeiras obras-primas do diretor,conta a história de Gelsomina (Giulietta Masina), mulher ingênua que é vendida pela própria mãe para um homem grosseiro, Zampanó (Anthony Quinn). Juntos, eles caem na estrada, encenando toscos espetáculos teatrais ambulantes.
Noites de Cabíria (1957)
Cabíria (Giulietta Masina) é uma prostituta romântica e ingênuas, que sonha com o verdadeiro amor, mas que sofre constantes desilusões amorosas. Sua confiança e otimismos desmesurados tornaram esse personagem em um dos mais adorados do mundo felliniano.
A Doce Vida (1960)
Para muitos, “a” obra-prima de Fellini. Marcello Rubini (Marcello Mastroianni), um alter ego do diretor, é jornalista e tenta ser escritor. Imerso na badalação noturna da imprensa sensacionalista, mulherengo e dispersivo, nunca consegue se concentrar.
Fellini Oito e Meio (1963)
Outro forte candidato a “a” obra-prima de Fellini. O cineasta Guido Anselmi (Marcello Mastroianni) não consegue terminar seu projeto e nem dá conta de arrumar sua vida - a não ser projetando a ambos no mundo da fantasia. Belo filme sobre o impasse.
Amarcord (1973)
Uma rara combinação de sucesso popular com filme de arte. Fellini evoca sua infância em Rimini, de uma forma que parece encantado e imaginário, como a iniciação sexual com prostitutas, as aulas na escola provincial, o pai neurótico, mas ao mesmo tempo terno, a morte da mãe.
Ensaio de Orquestra (1979)
Aqui, Fellini faz um quase documentário alegórico sobre músicos que vão ensaiar num prédio em demolição. Despontam, assim, competições internas e as hierarquias que existem entre os instrumentistas e que se tornam evidentes quando os músicos são entrevistados por uma TV local.
E La Nave Va (1983)
Um Fellini da última fase, mais surrealista e virtuose dos seus próprios temas. Um esplêndido painel alegórico de suas inquietações (todo filmado em estúdio), centralizadas na história de um navio que carrega as cinzas de uma diva da ópera, que devem ser jogadas ao mar.
Ginger e Fred (1986)
Singela homenagem a dois de seus principais intérpretes, Giulietta Masina e Marcello Mastroianni. Eles vivem uma veterana dupla de dançarinos, imitadores de Fred Astaire e Ginger Rogers. O filme serve como uma sátira ao mau gosto da TV.

Editor Executivo Multimídia
Fabio Sales

Editor Assistente Multimídia
Adriano Araujo

Edição de Fotografia
Rafael Arbex

Designer Multimídia
Vitor Fontes

Reportagem
Ubiratan Brasil