EconomiaConheça a menor petroleira do Brasil
A Energizzi comprou área no interior da Bahia onde vai fazer a exploração terrestre de petróleo
Catu (BA), a 95 km de Salvador, viveu uma ‘época de ouro’ com a exploração terrestre de petróleo até seis anos atrás. Com as pequenas petroleiras, a população espera a retomada de poços desativados pela Petrobrás
A estatal chegou à cidade de 51 mil habitantes em 2010. O prefeito Geranilson Dantas Requião conta com os novos investidores para a retomada da produção de petróleo, mas não acredita que vá “compensar a saída da Petrobrás”
Juracy Mendes é um dos operadores da Energizzi, a menor produtora de petróleo do Brasil, dona de um poço em Pojuca, vizinha de Catu. “Minha vida, minha família está sendo sustentada por essa área”, diz
De olho na reativação da produção em terra, a Energizzi adquiriu em 2017 sua primeira área num leilão da ANP. Agora, testa o potencial do projeto, considerado um ensaio para investimentos futuros
Luiz Sena, que já trabalhou embarcado em plataforma no Rio de Janeiro, se reveza com Mendes na manutenção do poço da Energizzi. “A inspiração de todos que moram na zona rural é chegar a trabalhar com petróleo.”
A Energizzi ainda avalia o potencial da área que comprou em Pojuca. A perfuração de um poço em terra custa entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, enquanto no pré-sal isso pode ultrapassar os R$ 800 milhões
A Energizzi deve começar a produzir em Pojuca em 2020. “Buscamos campos maiores para chegar a 300 barris por dia. Queremos ter experiência em terra para depois nos aventurarmos”, diz o diretor de Operações Alan Bastos
Sinésio Oliveira é gerente de uma loja em Catu que já foi especializada em equipamento de segurança industrial e agora vende material para a construção de residências
A Petrobrás mantém poços desativados na zona rural da região que serão vendidos à iniciativa privada. A agência reguladora, ANP, determinou que a estatal passe para frente ou invista nesses campos
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Fernanda Nunes
