Fotos: Acervos Brigadeiros Moreira Lima e Meira Vasconcelos

Foto: Evelson de Freitas/Estadão - 24/4/2012

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As cores da guerra da aviação do Brasil na Itália

A história fotográfica do Grupo de Aviação de Caça é a mais bem documentada na guerra

O 1º Grupo de Aviação de Caça brasileiro combateu na 2ª Guerra Mundial. Ele destruiu 11 aviões inimigos, 76 pontes, 100 canhões, 105 locomotivas e 1.990 veículos. Lançou 4.442 bombas e 850 foguetes
Os pilotos foram treinados em bases americanas, como Suffolk (foto), em Nova York. Antes, parte do grupo passou pelo base aérea do Panamá, onde iniciou a instrução para a guerra
Fotos em cores - únicas entre brasileiros - contam essa história. Aqui os pilotos (esq. p/ dir.) Renato Goulart, Fortunato Câmara, Lima Mendes, Armando Coelho, José Meira e Newton Neiva
O grupo completou o treinamento no segundo semestre de 1944 e partiu para a guerra na Itália. Foi nos EUA que os pilotos conheceram o P-47 Thunderbolt, o avião do grupo
Na Itália, o primeiro campo de pouso ficava em Tarquínia. A lama tomava conta da pista de 1,4 mil metros usada pelos brasileiros
A lama em meio ao qual se ergueram barracas não impediu a primeira missão de combate dos brasileiros em 7 de outubro de 1944
Em todos os P-47 Thunderbolts do grupo foram pintados o símbolo do grupo: o avestruz guerreiro. Aqui, o tenente Renato Pereira Goulart na asa de seu avião
No centro do campo em Tarquínia foram armadas as barracas da administração, a da tesouraria, a do comando, a do rancho e de operações de voo
O campo teve de ser drenado depois das chuvas de outubro. Era ali que pilotos e sargentos responsáveis viveram os primeiros meses da guerra na Itália
O grupo foi para Pisa em dezembro de 1944. Pilotos como Correa Neto acumularam dezenas de missões, representadas por bombas pintadas no avião
Os sargentos reabasteciam os aviões com armas e combustível. Ao todo, o grupo de caça cumpriria 445 missões lançando mil toneladas de bombas
Os pilotos eram divididos em quatro esquadrilhas: Vermelha (A), Amarela (B), Azul (C) e Verde (D). Tinham como principal inimigo o fogo antiaéreo
Um único bombardeiro B-25 fazia parte do grupo. O acervo dos brigadeiros Meira (primeiro à esq.) e Moreira Lima (no centro) registou a aeronave
A atuação do grupo de caça se encerrou no dia 2 de maio. Meira e o aspirante Tormin Costa fizeram o último vôo; nove integrantes da FAB morreram
Meira voltou com os colegas para o Brasil pilotando aviões P-47. Fez carreira na Aeronáutica e foi um dos guardiões do acervo fotográfico. Morreu em 2013

Editor Executivo Multimídia
Fabio Sales

Fotos
Acervos Brigadeiros Moreira Lima e Meira Vasconcelos

Edição de Fotografia
Rafael Luiz Arbex

Editor Assistente Multimídia
Glauco Lara

Reportagem
Marcelo Godoy