A “caixa de ferramentas” do BC inclui modelos econométricos, com até 80 equações, alimentados por dezenas de indicadores econômicos, e modelos que levam em conta as relações puramente estatísticas
dos dados
Desenvolvidos por notáveis da academia, os modelos foram adaptados para o Brasil e são adotados também, com os devidos ajustes, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Federal Reserve (banco central dos EUA), entre outras instituições
Com base na correlação histórica entre os diferentes indicadores e a inflação, os modelos apresentam um quadro detalhado da economia, traçam cenários e realizam projeções das taxas de juros necessárias para trazer a inflação para a meta em períodos distintos – quatro, cinco ou seis trimestres, por exemplo
A correlação dos indicadores e da inflação com os juros é testada e reavaliada constantemente
por uma equipe de técnicos graduados do BC
e incorporam eventuais mudanças ocorridas pelo percurso que possam distorcer os resultados
As características dos diferentes modelos são compartilhadas com a sociedade, permitindo suas reproduções pelos economistas, que tentam antecipar os passos seguintes do BC na gestão dos juros, com o objetivo de favorecer os investidores
A transparência em relação ao funcionamento dos modelos permite também a discussão de suas
premissas pela academia e por profissionais de mercado, assim como a proposição de eventuais alterações nas equações, para aperfeiçoá-los ao longo do tempo