Direto ao ponto
10:15 ”O componente guerreiro faz parte do gênero humano”, diz Roberto Godoy
13:25 A Segunda Guerra Mundial é a guerra dos físicos
18:47 Manja do Assunto: João Barone e seus livros sobre a Segunda Guerra Mundial
26:37 Minha Vó Tá Certa? Como descolar os dedos após o uso da supercola
28:04 Ajuda Aqui! Conhecimento e guerra
32:44 Prêmio IgNobel: Fuzileiros com prisão de ventre e guerra dos emus
Começamos com uma brincadeira de adivinha: o que o macarrão instantâneo, o computador, o foguete, o GPS, a internet e a supercola têm em comum? Dou-lhe uma, dou-lhe duas… Ok, todos foram inventados durante alguma guerra ou um momento de tensão bélica. Ciência e guerra parecem intrinsecamente ligadas. E há uma razão para isso.
Neste episódio do Choque da Uva, fomos atrás desse porquê e conversamos com Gabriel Amorim, pesquisador da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e especialista em História da Ciência. Também temos a participação do baterista João Barone, baterista Paralamas do Sucesso, que é grande estudioso da Segunda Guerra Mundial. Ele já escreveu dois livros e produziu um documentário e uma série sobre o tema.
Minha Vó Tá Certa?
- Se você já usou supercola para consertar algum objeto quebrado em casa, muito provavelmente já chegou a colar os dedos sem querer. Mas o mestrando em Química da Universidade Federal de Minas Gerais Lucas Cavalcante diz que não precisa se desesperar: “Podemos remover as colas utilizando solventes, com natureza semelhante à fase de espessura utilizada nos produtos”.
Manja do Assunto
- O baterista João Barone explica como surgiu o grande interesse por estudar a Segunda Guerra Mundial. “Meu interesse passa muito pelo meu pai ter sido um pracinha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) e teve de ir pra guerra. Um dos 25 mil soldados brasileiros que lutaram.”
- Barone disse que começou a escrever sobre o assunto depois de comprar um jipe usado no período. “Ali no fim dos anos 1990, eu acabei fazendo um antigo desejo se tornar realidade: comprar um Jipe da Segunda Guerra. E aqui no Rio (de Janeiro) a gente fundou um clube de interessados em veículos militares antigos.”
- O baterista também explica qual foi o maior diferencial dos brasileiros durante o conflito. “Os brasileiros acabaram ficando com essa lembrança muito tenra do povo italiano, após terem cuidado da população que estavam tão necessitada naquele momento tão terrível de destruição e morte.”
Ajuda Aqui!
- Os vestibulares podem abordar esses assuntos na prova, principalmente na de História. Elias Feitosa, professor de História do Cursinho da Poli, fala sobre a relação entre ciência e guerra. Também dá alguns exemplos icônicos, como o Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica americana, e os foguetes, que estavam sendo desenvolvidos na Alemanha nazista para transportar bombas.
Prêmio IgNobel
- Na edição 1994 da premiação, os vencedores na categoria Biologia pesquisaram sobre o a etapa final do processo digestivo de militares da Marinha americana em serviço.
- A grande descoberta é que os fuzileiros navais e marinheiros tinham tendência maior a sofrer com prisão de ventre quando estão em campo do que quando estão em casa.
Créditos:
Produção: André Marinho, Brenda Zacharias, Carla Menezes, Diego Kerber, Levy Teles, Mateus Figueiredo, Sandy Oliveira e Victor Pinheiro
Roteiro: André Marinho e Levy Teles
Apresentação: Carla Menezes e Diego Kerber
Edição de áudio: Mateus Figueiredo
Edição do episódio: Carla Miranda e Luiz Fernando Teixeira
Convidados
Gabriel Amorim – pesquisador e especialista em História da Ciência, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
João Barone – baterista da banda Paralamas do Sucesso e pesquisador, autor do livro 1942 – O Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida (Editora HarperCollins)
Lucas Cavalcante – mestrando em química da Uuniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Roberto Godoy – repórter especial do Estadão